O poema é de Saulo Ramos e a música, de Diva Tarlá de Carvalho; brasão e bandeira também representam a cidade
Micaela Lepera | ACidade ON
Os versos “A minha terra é um coração / Aberto ao sol pelas enxadas” deveriam soar familiares a todos os ribeirão-pretanos, mas há quem franza as sobrancelhas demonstrando desconhecimento ao escutar o poema do advogado, político, jurista e escritor Saulo Ramos. Trata-se do hino a Ribeirão Preto, musicado pela professora Diva Tarlá de Carvalho.
O hino é resultado de um concurso popular de poesias e músicas organizado, em 1955, pelo ex-prefeito José Costa para comemorar o centenário da cidade em 19 de junho de 1956, já no governo de Costábile Romano.
Símbolos
O hino é um dos símbolos do município, juntamente ao brasão de armas e à bandeira. O brasão é composto por um escudo com uma águia carregando nas garras uma escopeta e um almocrafe (instrumento utilizado para cavar ou revolver terra), envolvido por dois ramos de café frutados.
Já a bandeira tem fundo branco, uma faixa azul na diagonal e o brasão de armas no centro. De acordo com a lei 6.057/1991, que dispõe sobre os símbolos do município, é obrigatório o uso da bandeira, tanto no edifício-sede da Prefeitura, como no da Câmara de Vereadores e nos demais prédios onde se instalem e funcionem repartições municipais.
Confira a letra abaixo:
Hino a Ribeirão Preto
A minha terra é um coração
Aberto ao sol pelas enxadas
Sangrando amor e tradição
No despertar das madrugadas.
História exemplo, amor e fé
Assim traçamos teu perfil
Ribeirão Preto, terra do café
Orgulho de São Paulo e do Brasil.
Nasceste do destino nacional
Das caminhadas rumo ao Oeste
E ainda guardas o belo ideal
Dessa epopeia em que nasceste.
Ribeirão Preto esse destino
Que consagrou a tua gente
É do trabalho o grande hino
Que há de viver eternamente.
És linda joia no veludo
Dos nossos verdes infinitos cafezais
E se em ti amada terra temos tudo
Ainda procuramos dar-te mais.